Monday, May 03, 2004

Kill Bill

No dia de ontem, eu assiti Kill Bill. Mas este dia não foi marcado exclusivamente pela minha ida ao cinema. Foi um dos melhores dias do ano. Não sei porquê. Talvez eu saiba, mas não queira encarar a verdade, por isso digo que não sei. O ponto é, há muito tempo, meses, eu me arastava sobre duas pernas, buscando razão na vida - razão que eu ainda não encontrei, é necessário afirmar - mas no dia em questão eu transcendi esta prática cotidiana. Domingo eu não me importei com nada daquilo que me incomodaria num outro momento. Na verdade, no final de semana inteiro, esta sensação de vítima perante Deus, coitado do Universo não me dominou, não tomou conta dos meus pensamentos. Foi como se eu tivesse tido uma revelação dos desígnios de Deus, e gargalhasse da miséria planejada; ou como se eu tivesse rompido o véu de ilusão que preenche a realidade e visto o quanto a noção de individualidade é uma piada de mau gosto das pedras. O nirvana do foda-se o mundo.
Kill Bill foi a chave aurica que fechou o meu final de semana.
Violência Gratuita, estilizada, com uma narrativa fractal e a Lucy Liu; ao som de faroeste oriental. Um liquidificador de tudo aquilo que o ser humano traz de pior, realizado da melhor maneira possível.
O que eu preciso agora é escutar Ultrage A Rigor, para complementar a minha recém adquirida paz de espírito.

"Eu me amo, não posso mais viver sem mim"
Roger
Uiran feliz. Aproveitem, não vai durar.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home