Saturday, July 01, 2006

Pequena história platonista do Rock N´Roll. Capítulo II: Do Hard Rock.

Como já foi adiantado no capítulo anterior, as duas principais referências para qualquer música de Hard Rock são o Purple e o Led. A guitarra blues selvagem do Jimmy Page - que se diferencia do blues tonelada-números-primos do Iommy - e o arsenal de melodias distorcidas do Blackmore são essenciais do ponto de vista sonoro. A porrada do Bonham foi mais importante para o Metal e para o Punk, pois é à bateria repicada do Ian Paice que se deve a bateria do Hard Rock.
Mas o que é o Hard Rock? São aquelas texturas sonoras construídas com o baixo e com os teclados que adicionam, à força da guitarra e da bateria, um outro universo, como no jazz, um som livre. É por isso que Lord, Glover, e John Paul Jones são fundamentais para o Hard Rock, eu diria até mais que os guitarristas acima. É claro, que se estas texturas forem exageradas ou viram virtuosísmo chato, ou então consolidam a purpirina sonora - lembram-se do Europe?.
Mas é o Gillan e o Plant os maiores responsáveis pela purpurina, logo pelo gênero farofa. Quando inspirados, coroavam o som com atitude irresponsável. Quando aquela lhes faltava, seus trejeitos redundavam numa acrobacia artificial que inspirou muitas bandas de hair metal nos anos oitenta.
Estas duas bandas, no entanto, desenvolveram aquilo que estava ali, embrionário, no Stones; para o bem e para o mal. Assim, toda vez que alguém se sente constrangido ao ver o Vince Neil ou o Brad Michaels dançando no palco, deveria se lembrar que as raizes da árvore, que teve eles como frutos, começaram no titio Jagger.

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