Thursday, July 13, 2006

Serenity - Piratas, ninjas e Zumbis.

Por que essas coisas boas de ficção científica nunca passam no cinema nacional? Serenity é um daqueles filmes cujo segredo foi a simplicidade. Piloto da Série de ficção Firefly, tem tudo que se quer num filme do gênero Space Opera. Um Império opressor, um bando de renegados, um soldado imbatível a serviço do Império caçando os renegados, uma personagem com poderes incompreensíveis. Costurados numa história coerenete e verossímil, apresentado com diálogos muito bem construídos, personagens e situações envolventes e temperado por uma atmosfera punk-faroeste.

Os tripulantes da nave Serenity, sob as ordens do captão Malcolm, que combateu no exército adversário ao da Aliança - uma força política que submeteu todos os planetas ao seu domínio - são uma espécie de Piratas espaciais - piratas ganham muitos pontos numa space opera. Serenity servirá de refugio para um casal de irmãos, que foge do principal antagonista do filme, uma espécie de ninja da Aliança, que deve perseguí-los silenciosamente, antes que segredos da Aliança sejam revelados pela personagem River. Piratas e ninjas num mesmo filme. O que falta? Zumbis.
Pois tem zumbis: uma raça espacial de devoradores de carne humana viva, os Reavers, cuja existência o plot ainda por cima explica.

A fotografia é soturna com as cores certas e constrói o clima, combinando com o recurso comedido da computação gráfica - o que permite cenas de naves espaciais á moda antiga, ou seja modelinhos e luzes como fazia George Lucas. Mas o que Cria esse clima mesmo é a música. Uma mistura de temas trovadorescos, de faroeste e música oriental.

Para ser um dos melhores filmes de todos os tempos, só faltaram os nazistas espaciais. Mas aí seria difícil, sem copiar a sagrada trilogia.

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